quinta-feira, 12 de julho de 2012


Versos

E o que seria de mim sem os versos?
Mesmo eu falando tanto...
-Nossa como ela fala!
Mas minha fala não vai até onde dói.
Onde dói?
Os versos escutam as dores aqui dentro.
Nem minha mente conhece.
Parece que a mão e os olhos
ganham vida.
Eles falam de mim.
Completamente transparente.
E parecem remédios para
Tristezas, alegrias, para a vida.
Meus versos...
Que já disse que não serviam para nada...
É mentira!
Vocês são tão importantes.
São as vozes do meu silêncio.
São as falas de tantas lágrimas.
São formas de entender
ou fazer alguém entender.
O que a boca não diz,
nem tremendo.
Vocês, sem rimas,
desconhecidos, simples,
errados, tristes, alegres,
opacos, coloridos,
noturnos...
São as melhores formas de alívio, de entendimento.
Meus versos que já fizeram alguns chorar ou viajar.
Me mostram completamente
Meus versos, sou grata.
Nessas horas vocês são luzes
São tão aconchegantes,
São eu, sou eu versificada.

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